"A efêmera imaginação, preenche o vácuo da provisória ignorância". Implica supor, que em tese, nossa imaginação é vasta, todavia, evanescente. Não há como dominá-la, isso porque, é nossa imaginação quem dita as regras.
A ignorância é um refúgio para dois tipos de almas, e ambas, são igualmente equidistantes em sentido. Uma, se perde na vaidade, outra, prisioneira da ingenuidade. A provisoriedade de tal estado, segue perseguindo sua redenção. Inverter essa tensão é parte de um destino virtuoso, pois, somente os mais ávidos pelo saber, logram boas chances de cura para tão habitual comodidade.
Ao ler, percebemos que pouco sabemos, assim como preconizava Sócrates. Afinal, é a sabedoria, um latifúndio de consciência acerca de nossas deficiências e misérias. A merecida ou esperada ascese, não é garantia, ela nos cala ou nos torna papagaios a repetir frases feitas e, cantilenas amargas revestidas em andrajos tecidos por mentira.
Devemos ler, ler muito, ainda que tal leitura nos ensine mais como não ser... Ler nos afasta de um futuro previsto, uma realidade vizinha, um triste evento ou uma condenação programada. As facilidades torpes e débeis do mundo atual, convergem para um desfecho trágico. Um fim não percebido, um tempo em que a humanidade sequer perceberá, que pariu uma geração de inúteis.
Todos os direitos são reservados a Leandro Matzenbacher Dourado, é proibida a divulgação de material, sem autorização.